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Mostrando postagens de 2017

CAPOEIRA ANGOLA E IEMANJÁ: A FESTA CULTURAL EM OUTEIRO

Dia 8 de dezembro é comemorada a festa de Iemanjá em Belém. A maior concentração de afro-religiosos ocorre na passagem do dia 7 para 8, na praia de Outeiro, em Icoaraci. A festa é organizada de modo central na principal praia de Outeiro, a famosa Praia Grande, mas se estende até a bela Praia do Amor. Centenas de pessoas se fazem presentes, bares ficam abertos ao longo da madrugada e vários grupos afro-religiosos fazem oferendas ao longo das praias. Como a festa é noturna, o espetáculo visual e sonoro é acolhedor e envolvente. Além disso, a diversidade social, racial, sexual e religiosa, das pessoas que transitam no espaço da festa, é revelador da liberdade que a festa inspira e permite. Como era de se esperar, a festa não possui nenhuma divulgação na mídia local, possivelmente pelo sentido afro-religioso que incomoda as tendências ideológicas predominantes nos meios de comunicação. Além disso, como a festa não agrega notícias de violência, não é interessante para os meios de comunic

DIÁLOGOS DOS MALUNGOS SOBRE A PALAVRA CAPOEIRA...

Cabe saber que nem sempre a prática da capoeira teve o nome de capoeira.. Já foi chamada de batuque, pernada carioca, brinquedo dos angolas etc. A palavra capoeira vem de três matrizes: mato ralo, cesto de guardar capões (galo castrado) e cesto de guardar galinhas para venda. Em todos os casos, a matriz indígena caá (mato) se faz presente.. Isso gerou confusões que perduram até os dias de hoje. Há duas interpretações clássicas, e errôneas, sobre o termo. A primeira interpreta que, por ser uma palavra de matriz indígena, a capoeira teria sua origem no Brasil indígena. A segunda, em seu sentido de mato ralo, sugere que a capoeira teria nascida nas senzalas (espaços coletivos de habitação escrava, em meio rural) e que recebeu o nome devido o "escravo", em fuga, se defender com golpes de luta em um campo aberto (capoeira: mato ralo). Não

BERIMBAU É MÚSICA, É INSTRUMENTO..

https://www.facebook.com/CasadeCulturaMalungoBaBrasil/photos/a.1687178711535898.1073741830.1683636025223500/1904586439795123/?type=3 Hoje fizemos uma aula sobre o berimbau. Após a aula voltei pra casa e sentei na sala, na qual tem um cantinho que gosto de ficar refletindo, labutando com o juízo. Então, pensei que hoje em dia os praticantes de capoeira não tem mais aquela intimidade com o berimbau como nós que iniciamos no final dos anos 1980. Meu mestre, Cláudio dos Angoleiros do Sertão, ainda hoje tem um chamego especial com os berimbaus. Esta relação falta muito aos jovens que iniciaram capoeira nos últimos tempos. O berimbau tem uma dimensão quase mágica com o capoeirista e com a roda de capoeira. Quando esta dimensão não fizer mais sentido, a capoeira terá perdido um dos seus grandes significados: a arte do encantamento! Mestre Bel