Pular para o conteúdo principal

Doutor em Estudos Étnicos e Africanos

Este foi o título adquirido pelo mestre Bel, coordenador do Malungo, no último dia 11 de junho, nas instalações do Centro de Estudos Afro-Orientais da Universidade Federal da Bahia. A tese defendida trata da repressão policial às práticas de candomblé e curandeirismo negro em Feira de Santana, maior cidade do interior baiano. A sessão pública de defesa contou com uma banca formada por historiadores e antropólogos. Essa nova pesquisa do mestre faz parte do interesse que tem o Malungo em entender as experiências históricas das culturas negras na diáspora. Este tema vem somar ao tema da capoeira que já goza de algumas publicações realizadas pelo mestre e pelo treinel Augusto Leal (Malungo -PA). No próximo ano será publicado o livro com o conteúdo da tese, o que poderá acontecer, mais uma vez, em parceria com o treinel Augusto Leal, tendo em vista que sua tese já está em andamento no mesmo programa de doutorado e será defendida no próximo ano. A pesquisa sobre a experiência histórica das culturas afro-brasileiras, tanto na Bahia quanto no Pará, é interesse do Malungo.

Axé irmãos e irmãs!!!

O mestre fazendo a exposição da tese

****

A banca examinadora. Da esquerda para direita: Dr. Nicolau Pares, Dra. Lucilene Reginaldo, Dr. Jeferson Bacelar e Dra. Ana Maria Carvalho

***

O mestre assinando a Certidão que garante o título sob a observação do Dr. Jocélio Teles dos Santos, coordenador do curso de Doutorado em Estudos Étnicos e Africanos - UFBA

Comentários

  1. Parabéns Bel, fico muito feliz quando pessoas do povo ocupam espaços antes destinados apenas as elites.

    Grande abraço

    Marcelo (itaberaba)

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

"História vista de baixo" - o Contramestre Bel é o mais novo colunista do Portal FS

Samba, Cabaré e Polícia na Feira de outrora Denominada princesa do sertão baiano, Feira de Santana já gozava, nas décadas de 1930 e 1940, de importante prestígio, já tendo sido, inclusive, objeto das mágicas lentes de Pierre Verger, artista francês radicado na Bahia. Sua história tem sido ao longo dos anos associada a uma cidade que tem origem em um importante comércio de gado e sua principal identidade social constituída em torno da “cidade comercial”. Entretanto, pode-se explorar outros importantes aspectos da história de Feira de Santana, a exemplo das experiências culturais negro-africanas ali constituídas, este é o caso dos sambas que tinham como cenário as contagiosas noites dos cabarés feirenses. Este breve ensaio de reflexão, que ora apresento aos leitores, inaugura a mais nova coluna do PORTAL FS, intitulada “História vista de baixo”, justamente por se tratar das histórias daqueles indivíduos, grupos e culturas que não conheceram a pena que pintou os compêndios sobre a Bahia

Vicente Sales, autor de "O negro no Pará", recebe título de Doutor Honoris Causa

O Malungo Centro de Capoeira Angola, parabeniza o professor Vicente Sale pelo reconhecimento oficial de sua obra, a qual inclui importantes estudos sobre a cultura afro-amazônica. O professor Vicente Sales é um dos responsáveis pela introdução dos estudos da capoeira no Para tendo influenciado o treineu Algusto Leal em seus trabalho de pesquisa especialmente o que deu oriegem ao livro "A política da capoeiragem" (Edufba, 2008), bibliografia de consulta obrigatória para as atuais pesquisa sobre o tema no Brasil. Salve então ao mestre Vicente Sales. Segue a nota extraída do site da UFPA: Um dos intelectuais mais notáveis do Estado, Vicente Juarimbu Salles, recebeu da Universidade Federal do Pará (UFPA) a outorga do título Doutor Honoris Causa, o mais alto dos graus universitários, normalmente concedido a personalidades que tenham se distinguido pelo saber ou pela atuação em prol das Artes, das Ciências, da Filosofia, das Letras ou do melhor entendimento entre os povos. A conces

FEIRA DE SANTANA: A CAPOEIRA NA “PRINCESA DO SERTÃO”

Texto extraído do livro: “A capoeira na Bahia: História e Cultura Afro-Brasileira” (Instituto Maria Quitéria – no prelo). Autoria do Contramestre Bel, mais um fruto dos projetos do Malungo. A origem da Cidade de Feira de Santana remete ao período colonial. Surgiu de um povoado humilde, onde as casas eram cobertas com palhas, piso de terra batida e paredes de barro amassado, conhecido no sertão nordestino como taipa. As casas e ruas eram iluminadas com lamparinas e lampiões a querosene. Localizada a aproximadamente 110km de distância da Cidade do Salvador, no sentido norte da Bahia, e gozando de certo prestígio no tocante à autonomia política e econômica da Capital, Feira de Santana se tornou ao longo do tempo a maior cidade do interior baiano, com uma população de quase 600 mil habitantes e um dos maiores centros de capoeira do Nordeste. Por razões como estas, em 1919 o senhor Ruy Barbosa, ilustre político baiano, a batizou como “Princesa do Sertão”. A história da Capoeira e